Ulysses
“Política não se faz com ódio, pois não é função hepática. É filha da consciência, irmã do caráter, hóspede do coração. Eventualmente, pode até ser açoitada pela mesma cólera com que Jesus Cristo, o político da Paz e da Justiça, expulsou os vendilhões do Templo.
Nunca com a raiva dos invejosos, maledicentes, frustrados ou ressentidos. Sejamos fiéis ao evangelho de Santo Agostinho: ódio ao pecado, amor ao pecador. Quem não se interessa pela política, não se interessa pela vida.”
Ulysses Guimarães
4 de março de 1985
Nascido em 16 de outubro de 1916, Ulysses foi advogado, professor universitário, escritor e dirigente de clube de futebol. Na juventude, sonhou com o mundo das artes, que acabou abandonando por outro sonho: a carreira política, galgada degrau a degrau, até chegar à cadeira de Presidente da Câmara dos Deputados. Foi o parlamentar que mais tempo ficou à frente do Legislativo federal.
A história do Dr. Ulysses é ampla e rica, e sua figura tornou-se exemplar para as gerações seguintes. Poucas vezes o rumo da sociedade brasileira foi conduzido por uma figura tão atuante e ética que conseguiu ser respeitada por todos, inclusive por outras lideranças que tiveram a oportunidade de com ele dividir algum momento importante para o país.
O que eles têm para contar
“Ele [Ulysses] não era um homem envolvido com montagem de diretório, com trabalho de base; nunca foi uma liderança que trabalhava no varejo. Sua imagem pública forjou-se no momento em que havia apenas dois partidos – Arena e MDB –, e ele presidia a oposição que, na década de 1970, evoluiu do que inicialmente parecia ser quase uma oposição consentida para uma oposição mais efetiva e substancial, pregando a mudança do regime e a volta da democracia ao país. Isso conferiu ao Ulysses um peso que nunca tivera como organizador do partido, passando a ser um homem de postura de oposição e a simbolizar para o público a luta pela democracia.”
Alberto Goldman
“O Dr. Ulysses era um político diferente, não fazia campanha eleitoral. A D. Rute suava frio nessas ocasiões, porque ele tinha tanta política no sangue que ficava em Brasília, participando de eventos maiores, e nunca vinha cuidar de suas bases eleitorais, como todo político faz aos sábados e domingos, ao visitar os eleitores, fazer reunião com o Clube de Mães, ouvir vereadores etc. e tal. O Dr. Ulysses não fazia essas coisas, pegava o seu mandato de deputado e ia para Brasília, se afundava nos grandes temas do país. Por isto era um político nacional e não um deputado regional – ele defendia as grandes causas da democracia. Quando vinha concorrer de novo a deputado federal, frequentemente deixava a gente em aperto, porque não tinha material, não tinha cultivado as bases, não tinha dinheiro para fazer a campanha – e também, não tinha prática de fazer o tipo mais habitual de campanha para deputado.”
Alda Marcoantonio
Vários aspectos devem ser ressaltados com relação à Constituinte de 1988. Inegavelmente o Dr. Ulysses teve uma atuação notável, de firmeza na condução dos trabalhos, na fixação de prazos. E inegavelmente o processo trouxe avanços, pelo simples fato de que, mesmo que esteja longe de ser uma Constituição perfeita, foi um passo que marcou a institucionalização do país.
André Franco Montoro
O Ulysses foi um excelente orador desde o primeiro momento de nossas anticandidaturas e fez a campanha política pelos estados com sua tradicional eloquência, capacidade e senso político. Promovíamos realmente uma contestação constante ao regime militar e ao Colégio Eleitoral, promovendo uma campanha livre junto ao povo, era uma enorme conquista e uma grande realização do elemento popular.
Barbosa Lima Sobrinho
“O Dr. Ulysses construiu o que poderia ter sido o maior partido da América Latina, o MDB. O MDB foi em grande parte sua construção. A preservação da unidade do MDB durante todo aquele longo período de luta pela redemocratização com aquela acirrada luta por espaços entre dois grupos, então conhecidos como “autênticos” e “fisiológicos” – a unidade teria sido impensável, não fosse o papel de ponte que o Dr. Ulysses desempenhava entre aqueles grupos.
O MDB, na verdade, girava em torno da figura de Ulysses Guimarães, assim como de Tancredo Neves. Foi ele que conduziu o partido em suas diferentes fases, desde a fundação, depois num período de oposição frontal ao regime militar e, no final, com uma bancada parlamentar importante em Brasília e já assumindo responsabilidades de governo nas esferas municipal e estadual.”
Bolivar Lamounier
“Creio que o Dr. Ylysses deve ao PSD seu aprendizado sobre as artes da política, e que isto foi fundamental para a sua carreira de homem público, assim como a experiência dele na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, durante o período do Estado Novo, quando ele se deu conta da importância do inconformismo para a vida política, posição que ele levou consigo para o PSD, daí a sua adesão à ‘ala moça’.
Acho que uma das características do dr. Ulysses, a combinação de inconformismo com pessedismo, independe de idade, foi uma coisa de personalidade, um atributo dele que evidentemente exigia coragem, e que ele mesmo considerava como algo fundamental para a vida política e para um político.”
Celso Lafer
“Creio que [Ulysses] representava a classe média: professores, médicos, advogados, profissionais liberais, a sociedade civil, e os trabalhadores também. Se bem que, como não existe um movimento sindical muito organizado e sério no Brasil, ele também não dava importância demais para o que as lideranças sindicais lhe diziam; às vezes nem são lideranças, mas um bando de pessoas que assim se intitulam e não passam de pelegos patronais. […] Mas o Ulysses também não se envolvia com eles, pois ouvia todo mundo e procurava representar o que considerava ser a vontade popular, pela qual tinha muito respeito.
Tinha muita preocupação com a distribuição de renda, tema ao qual era muito sensível. Promovia reuniões com economistas, na casa dele aos domingos, e com o seu filho adotivo, o Tito Henrique, que trabalhava no Banespa e conhecia o dia a dia dos negócios. Ao contrário dos empresários, que dão palpite em reunião, são arrogantes, o Ulysses não ficava palpitando, estava mais preocupado em ouvir gente como o economista Luiz Gonzaga Belluzo, o Paulo Cunha, que comparecia mais como político, o Miguel Reale Jr., políticos empresários, estudiosos que tinham alguma militância na sociedade e não apenas gozavam de sua intimidade.”
Fernando Gasparian
“Antes da posse do Sarney, O Ulysses foi muito inluente na formação do que seria o Governo Tancredo Neves, junto a quem tinha uma força enorme – e talvez o Tancredo tivesse tido condições mais propícias do que o Sarney para definir um rumo próprio. O Tancredo ouvia muito o Ulysses, e o ministério que pensou foi em grande parte influenciado pelo Ulysses. Quando o Sarney assumiu, encontrou um ministério pronto […], a presença de Ulysses era muito forte. ”
Fernando Henrique Cardoso
“Outra coisa importante foi a tranformação pessoal dele, a partir da sua anticandidatura presidencial em 1973. Ninguém comenta como ele foi mudando a partir dela. E foi um processo decisivo. O Dr. Ulysses era liberal mas já tinha passado pelo desenvolvimentismo de Juscelino Kubitschek, da Ala Moça do velho PSD. Quer dizer, desde a década de 1950 vinha refletindo sobre questões econômicas e sociais da democracia. Mas a partir da anticandidatura, acentua-se a preocupação social do Dr. Ulysses. Na minha opinião, foi consequência do contato dele com o povo, ao percorrer o país e verificar a situação real. […] Ele foi retomando contato com o Brasil real, com os dramas do povo, seus problemas.”
João Manuel Cardoso de Mello
“[…] na época do empeachment do Collor, qunado lhe [a Ulysses] foi apresentado o “cofre da CPI”, quando se revelou o tamanho do rumor, ele [Ulysses] que até então resistia ao processo – olhou aquilo e decretou: ‘É agora’. E declarou que estava perplexo, muito triste e angustiado. Imediatamente organizou-se uma reunião, porque não havia relatório de CPI pronto, nem nada acertado, e ele indagou: ‘Vocês já falaram com o Itamar Franco?’ […] O Dr. Ulysses tinha uma noção muito exata de qual era o lance seguinte em qualquer questão de poder, bem como o tamanho do lance. Era uma pessoa extemamente racional para tratar de política e, em outros momentos, extremamente humana para enfrentar outras questões, sem misturar os canais. Um exemplo concreto disto vimos no empeachment .”
José Genoíno
“Ninguém teve a coragem de pedir a renúncia do Dr. Ulysses. Eles falaram que era difícil, que o PMDB estava realmente encontrando dificuldades. Mas o Dr. Ulysses se antecipou e cobrou do partido uma atitude; disse que não se sentia responsável pelo quadro frio da campanha [à presidência da República em 1989], isso era um problema do partido. E desde que este cumprisse a sua missão, ele não tinha dúvida de que mudaria o quadro. […] Aí se destaca que o grande político tem de ter a qualidade da obstinação cega, da mesma maneira que a obstinação cega do Dr. Ulysses serviu para sempre mostrar que a democracia era recuperável no Brasil. […] Essa obstinação cega fez com que o Dr. Ulysses achasse que iria cumprir o seu papel de ser candidato até o fim. E não houve nenhum tipo de meia-verdade porque a campanha praticamente começou na casa dele com uma demonstração, durante umas três horas, de pesquisa do Gallup mostrando que ele não tinha condição nenhuma de se eleger. Ele reagia dizendo que o partido era muito forte.”
José Gregori
“Era chamado de tripresidente, de tetrapresidente, como se tivesse tentado amealhar estas posições, quando, na verdade, a presidência do partido foi uma consequência natural, a da Constituinte foi uma obrigação e a Vice-Presidência da República decorrência de uma circunstância histórica. Mas o Ulysses ficou desgastado, as charges da imprensa trabalhavam muito isso. Tenho a impressão de que, quando foi despojado, ele deve ter se sentido – como ele mesmo dizia – ‘um deputado raso, liberto para escolher os seus temas’. E foi um dos maiores momentos da vida política do Ulysses quando ficou sem cargo, com seu gabinete no anexo 4 da Câmara, caminhando pelos corredores da casa, escolhendo seus assuntos e, depois, percorrendo o Brasil como mascate do parlamentarismo. Então eu tenho a convicção de que foi bom para o Ulysses e a impressão de que ele percebeu que era um bom momento para ficar sem cargo. Como deputado raso apareceu como de fato era: o primeiro cidadão da República.”
Ibsen Pinheiro
“Posso dizer uma coisa, se fosse um outro presidente da Constituinte, ela não teria sido concluída em um ano e dez meses, não há hipótese… O Ulysses costumava promover reuniões com os relatores – eu era um deles, nos capítulos de tributação, orçamento e finanças – para avaliar os problemas, e era gostoso tê-lo coordenando, porque sempre dava muito espaço. Promovia estas reuniões, discussões e encaminhamentos, e procurava resolver os problemas.”
José Serra
“Quando da remontagem nacional da Fundação Pedroso Horta, do PMDB, antes de 1982, houve uma reunião preparatória na fazenda do Severo. Tinha muita gente e durou o dia inteiro […], e o objetivo era montar as bases para a campanha de 1982 e deslanchar o processo de preparação de um documento que orientasse todo o partido. Dois anos antes o Dr. Ulysses já alertava: ‘Olha, não podemos ter um discurso velho, temos que preparar um documento’. […] Toda vez que se mencionavam projetos que comprometessem muitos recursos ele ficava preocupado, mas ele sempre apoiou a ideia de ter um documento-guia e uma revista da Fundação.”
Luciano Coutinho
“No primeiro contato que tive com ele [Ulysses] depois de empossado [Bresser Pereira foi Ministro da Fazenda], o Dr. Ulysses estava extremamente preocupado com a situação dos governadores: havia 21 governadores do PMDB eleitos e seus estados estavam falidos, eles precisavam urgentemente de apoio do governo federal para poderem governar minimamente. Então tivemos algumas reuniões difíceis e duras, nas quais o Dr. Ulysses defendia seus governadores. Depois que este assunto foi resolvido com razoável equilíbrio, mantive com o Dr. Ulysses uma relação extremamente próxima durante a minha permanência no ministério, com ele me dando total apoio […].”
Bresser Pereira
“[…] tivemos contato com o Dr. Ulysses Guimarães por ocasião da greve de 1980. Ele foi muito solidário com o movimento, esteve várias vezes em São Bernardo do Campo, eu diria até que puxado pelo Teotônio Vilela, que era a figura principal na solidariedade ao movimento. Mas o Dr. Ulysses Guimarães nunca se recusou a ser solidário com a gente, a ir a São Bernardo, mesmo quando fui preso. Voltei a ter contato com o Dr. Ulysses em 1984, por ocasião da Campanha das Diretas. Aí nossas relações se estreitaram, porque viajamos várias vezes juntos, algumas vezes ele me deu carona.”
Luiz Inácio Lula da Silva
“Hoje temos democracia e vivemos o pluripartidarismo no país […], estamos vivendo um momento diferente. Se o Dr. Ulysses estivesse vivo, continuaria expressando o pensamento dele. Mas não deixa herdeiros porque não é fácil encontrar outro Dr. Ulysses, alguém que tenha o desprendimento, a garra, a coragem e as qualidades que ele tinha… Mas por outro lado, mesmo que tivesse um herdeiro, o momento não é para isso, não vivemos mais uma resistência que demande um forte comando, pois temos liberdade de imprensa, de televisão, de rádio; assiste-se a uma heterogeneidade na discussão de ideias. Então o momento histórico não propicia a aparição de um outro líder político com as características do Dr. Ulysses.”
Pedro Simon
Depoimentos extraídos de Dr. Ulysses: O homem que pensou o Brasil, de organização de Célia Sobelmann Melhem e Sonia Morgenstern Russo, da editora Artemeios.
Momentos marcantes
I- Dados pessoais
nome: Ulysses Silveira Guimarães
filiação: Ataliba Silveira Guimarães e Amélia Correa Fontes
nascimento: 6 de outubro de 1916. Rio Claro, São Paulo
falecimento: 12 de outubro de 1992
cônjuge: Ida de Almeida Guimarães
filho: Tito Henrique e Celina Ida
II -Estudos e graus universitários
– Bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais – Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo – 1940
– Doutor Honoris Causa da Universidade de Seul, Coreia do Sul
III- Profissões
Professor e advogado
IV- Legislaturas
Deputado Estadual em São Paulo (1947 a 1950) – 1 mandato
Deputado Federal (1951 a 1955, 1955 a 1959, 1959 a 1963, 1963 a 1967, 1967 a 1971, 1971 a 1975, 1975 a 1979, 1979 a 1983, 1983 a 1987,1987 a 1991,1991 a 1995) – 11 mandatos
V – Principais fatos da vida parlamentar e administrativa
- Orador oficial do Centro Acadêmico XI de Agosto
- Por concurso, orador da turma de bacharéis de 1940
- Por concurso, maior prosador das Arcadas – Faculdade de Direito de São Paulo
- Professor pela Escola Normal de Lins
- Professor do Ensino Fundamental em Lins
- Professor de Ensino Médio
- Professor de Direito Constitucional das Faculdades Metropolitanas Unidas de São Paulo e da Faculdade de Direito de Bauru
- Professor de Direito Internacional Público da Faculdade de Direito da Universidade Mackenzie de São Paulo
- Presidente da Comissão de Assuntos Municipais na Assembleia Legislativa de São Paulo em 1946
- Líder da oposição, na Assembleia Legislativa de São Paulo
- Membro da Assembleia Estadual Constituinte que elaborou a Constituição do Estado de São Paulo em 1947
- Candidato a governador do estado de São Paulo em 1958
- Ministro da Indústria e do Comércio no 1º Gabinete Parlamentarista Republicano de 1961 a 1962
- Membro e presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados
- Relator e autor do substitutivo ao projeto de reforma bancária na comissão especial que criou o Banco Central
- Relator do Código Eleitoral
- Relator da Lei sobre abuso do poder econômico (antitruste)
- Relator dos projetos da Eletrobrás e sub-relator do projeto que criou a Petrobrás
- Autor do requerimento de criação da Comissão Parlamentar de Inquérito – Multinacionais em 1975
- Autor e defensor de benefícios para motoristas e ferroviários, para viajantes e pracistas, para garçons, ascensoristas, bancários, professores
- Membro da Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados de 1975 a 1983
- Membro da Comissão de Fiscalização Financeira e Tomada de Contas da Câmara dos Deputados de 1981 e 1982
- Delegado do Parlamento Latino-Americano junto ao Parlamento Europeu
- Presidente do grupo brasileiro do Parlamento Latino-Americano
- Presidente do Parlamento Latino-Americano eleito para o período de 1967 e 1968, reeleito em 1969
- Vice-Presidente da Comissão Executiva do Diretório Nacional do MDB em 1966
- Presidente da Comissão Executiva do Diretório Nacional do MDB de 1971 a 1979
- Anticandidato pelo MDB a Presidência da República em 1973
- Fundador do PMDB em 1980
- Primeiro Presidente Nacional do PMDB – Comissão Diretora Nacional Provisória em 1980
- Presidente da Câmara dos Deputados (1956 e 1957, 1985 e 1986, 1987 e 1988) – 6 anos
- Presidente da Assembleia Nacional Constituinte em 1987 e 1988
- Presidente da República, em exercício, nos períodos de 11 a 14 de agosto de 1985, em 21 de setembro de1985, de 3 a 13 de maio de 1986, de 9 a 14 de julho de 1986, de 27 a 31 de julho de1986, em 27 de maio de 1987, em 3 de julho de1987, de 15 a 17 de julho de 1987, de 16 a 20 de agosto de 1987, de 15 a 17 de outubro de1987, de 26 a 30 de novembro de1987, de 5 a 9 de fevereiro de 1988, de 5 a 8 de agosto de 1988, de 30 de junho a 10 de julho de 1988, de 30 de julho a 3 de agosto de 1988, de 14 a 23 de outubro de 1988, de 26 a 29 de outubro de 1988, de 28 a 30 de novembro de 1988, de 27 a 28 de janeiro de 1989 e de 1º a 3 de fevereiro de 1989, por motivo de viagem do Presidente da República José Sarney ao exterior
- Candidato do PMDB à Presidência da República por eleições diretas em 1989
- Presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados em 1991
- Presidente do Grupo Brasileiro da União Interparlamentar de 1991 a 1992
- Presidente da comissão especial destinada a proferir parecer sobre a Proposta de Emenda Constitucional que propunha a antecipação do plebiscito
- Durante oito anos foi representante do Brasil na ONU
- Homenageado por sessões conjuntas dos parlamentares da Venezuela e de Portugal
- Fundou a OPB – Ordem dos Parlamentares do Brasil –, no dia 29 de novembro de 1976, no Plenário Tiradentes da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo.
VI – Missões no exterior
- Visita ao estado de Israel em 1957
- Delegado do Brasil junto à ONU (debate sobre Apartheid em 1958)
- Chefe da delegação brasileira na posse de Alan Garcia Perez – Presidente do Peru – em 1985
- Delegado plenipotenciário do Brasil na Conferência do Gatt, Genebra, Suiça, em 1962
- Embaixador plenipotenciário do governo brasileiro na posse do Presidente Siles Suazo, da Bolívia.
- Chefe da delegação brasileira aos EUA, para estudo das atividades do Congresso Norte-Americano em 1963
- Representante do Congresso Brasileiro na ONU de 1971 a 1973
- Participante dos debates do Parlamento Europeu a convite do “Conseil de L’europe” e do governo francês em 1970
- Participante, como representante do Parlamento Latino-Americano junto ao Parlamento Europeu, das reuniões em Estraburgo, França, em 1972, Colômbia em 1974 e Luxemburgo, em 1975
- Visita oficial à Venezuela, como Presidente Nacional do PMDB em 1984
- Visita oficial a Portugal, como presidente da Câmara dos Deputados em 1989
- Viagem oficial para a reunião do Parlamento Latino-Americano, com o Parlamento Europeu em Sevilha, Espanha em março de 1991
- Viagem oficial a Caracas a convite do governo da Venezuela em 2 a 5 de outubro de 1991
- Chefe da delegação na viagem oficial a Santiago, Chile, para a 86º Conferência da União Interparlamentar de 5 a 12 de outubro de1991
- Viagem oficial aos EUA, para a XLVI Sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas em novembro de 1991
- Chefe da delegação na viagem oficial ao Cameron, Yaonde, para a 87º Conferência da União Interparlamentar de 5 a 11 de abril de1992
- Viagem oficial a convite do governo da África do Sul de 17 a 24 de abril de 1992
VII – Homenagens e condecorações nacionais
- Sócio benemérito do Sindicato dos Corretores de Imóveis no Estado de São Paulo
- Sócio honorário do Centro Acadêmico Vinte de Setembro, da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Taubaté
- Sócio benemérito da Casa dos Velhos do Asilo da Velhice Desamparada de Tupã, São Paulo
- Sócio honorário da Associação dos Professores Primários de Marília, São Paulo
- Sócio benemérito do Círculo Operário da Penha, São Paulo
- Sócio honorário da União Cultura Brasil- Estados Unidos
- Sócio honorário da União de Viajantes e Representantes Comerciais de Campinas, São Paulo
- Sócio benemérito do Sindicato dos Operários nos Serviços Portuários de Santos, São Paulo
- Sócio benemérito do Sindicato dos Condutores Autônomos de Veículos Rodoviários da Zona Norte, Leste e Sul de São Paulo
- Sócio honorário da Sociedade Bach de São Paulo
- Presidente honorário perpétuo da União dos Ex-seminaristas
- Sócio honorário da Sociedade dos Proprietários das Tinturarias e Lavanderias do Vestuário de São Paulo
- Protetor de Santa Casa de Misericórdia de Assis, São Paulo
- Grande benemérito da campanha da Associação Paulista de Combate ao Câncer
- Sócio benemérito do Sindicato dos Empregados na Administração dos Serviços Portuários de Santos, São Paulo
- Sócio remido da Sociedade Geográfica do Rio de Janeiro
- Sócio honorário da Associação Paulista de Combate ao Câncer
- Bancário honorário concedido pelo Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários de São Paulo
- Sócio honorário da Sociedade União dos Viajantes de Ribeirão Preto, São Paulo
- Sócio honorário da Associação dos Servidores Ativos e Inativos da Estrada de Ferro Santos – Jundiaí
- Sócio benemérito das Entidades Nacionais de Oficiais de Farmácia
- Oficial de farmácia honorífico concedido pela Assembleia Nacional dos Oficiais de Farmácia no Território Nacional
- Sócio benemérito do Centro de Estudos e Debates de Assuntos Sociais e Políticos do Centro Acadêmico 22 de agosto da Pontifícia Universidade Católica – PUC
- Sócio correspondente em São Paulo e remido da Sociedade Brasileira de Geografia
- Amigos do interior, concedido pela comissão e seleção da UCAPE, em colaboração com a Tribuna dos Municípios
- Troféu Campeão da Democracia, Rio de Janeiro
- Homenagem de todos os presidentes das Câmaras Municipais do Brasil em 1985
- Homenagem como patrono dos aposentados da municipalidade do Brasil em 1985
- Homenagem como patrono dos aposentados da municipalidade de São Paulo
- Avenida Ulysses Guimarães, em Rio Claro, São Paulo, sua terra natal
- Título de cidadão benemérito de Assis, São Paulo
- Cidadão de Bauru, São Paulo
- Cidadania Alfredense
- Cidadão Carapicuibano, Carapicuíba, São Paulo
- Cidadão Itapeviense, Itapeva, São Paulo
- Cidadão Jandirense, Jandira, São Paulo
- Cidadão Juquitibense, Juquitiba, São Paulo
- Cidadão honorário de São Paulo
- Cidadão honorário de Campos de Jordão, São Paulo
- Cidadão honorário de Altinópolis, São Paulo
- Cidadão honorário de Lins, São Paulo
- Cidadão honorário de Aparecida, São Paulo
- Cidadão honorário de Campinas, São Paulo
- Cidadão honorário de Taubaté, São Paulo
- Cidadão honorário de Uberaba, Minas Gerais
- Cidadão honorário de Goiânia, Goiás
- Cidadão honorário de New Orleans – EUA
- Título de Maior Prosador das Arcadas
- Título de cidadão consciência em 1991
- Personalidade do ano – Prêmio Comunicações 1985, outorgado pela Associação Brasileira de Propaganda
- Estrela Merito de Rondônia – PRO-RO, em reconhecimento aos relevantes serviços prestados à causa dos estado
- Insígnia Mérito da Magistratura, outorgada pela Associação dos Magistrados Brasileiros
- Medalha comemorativa do centenário de nascimento de Clóvis Bevilacqua
- Medalha comemorativa da campanha de educação florestal – Ministério da Agricultura
- Medalha do sesquincentenário de instalação do Poder Legislativo do Estado do Espírito Santo
- Medalha comemorativa do centenário de nascimento Ruy Barbosa
- Medalha Anchieta, concedida pela Câmara Municipal de São Paulo em 1985
- Medalha mérito legislativo – Câmara dos Deputados – Congresso Nacional
- Medalha mérito industrial – Confederação Nacional da Industrial – CNI
- Medalha Teotônio Vilela – Fundação ITV
- Medalha “Alferes Joaquim José da Silva Xavier” – Polícia Militar do Distrito Federal
- Medalha “Marechal Cândido Mariano da Silva Rondon” – Sociedade Geográfica Brasileira em 1958
- Medalha lba – Mérito Legionário – Legião Brasileira de Assistência
- Medalha do Mérito Presidente Castello Branco – Associação dos Delegados de Polícia Federal
- Medalha de honra ao mérito em 1992 – Associação dos Juízes Classistas da Justiça do Trabalho – 1ª região
- Medalha “José Bonifácio de Andrada e Silva” – Sociedade Brasileira de Heráldica e Medalhística
- Medalha mérito cívico e cultural
- Medalha comemorativa do nascimento do príncipe Albert, de Mônaco, em 14 de março de 1958
- Medalha de mérito cidade de Sete Lagoas, Minas Gerais
- Medalha Anita Garibaldi
- Medalha centenário de odontologia – Sindicato dos Odontologistas do Estado de São Paulo
- Medalha 2º Congresso Brasileiro das Policiais Militares de São Vicente, São Paulo
- Medalha ordem do mérito Infante Dom Henrique – Casa de Portugal, São Paulo
- Medalha de patrono do estado democrático de direito – Mato Grosso do Sul em 30 de outubro de 1991
- Comenda de São Francisco, no grau de grande oficial da honorífica ordem da academia de São Paulo
- Ordem do mérito Domingos Martins – Grande Oficial – Assembleia Legislativa do Estado do Espírito Santo
- Ordem do mérito naval – Grande Oficial – Ministério da Marinha
- Ordem do mérito militar – Grande Oficial – Ministério do Exército
- Ordem do mérito aeronáutico – Grande Oficial – Ministério da Aeronáutica
- Ordem nacional do mérito – Grande Oficial – Presidência da República
- Ordem nacional do mérito educativo – Grã-cruz – Ministério da Educação
- Ordem do mérito judiciário militar – Grã-cruz – Superior Tribunal Federal
- Ordem de Rio Branco – Grã-cruz – Ministério das Relações Exteriores
- Ordem do mérito do trabalho – Grã-cruz – Ministério do Trabalho
- Ordem do Congresso Nacional – grande colar
- Ordem do Congresso Nacional – Grã-cruz
- Ordem do mérito judiciário do trabalho – Grã-cruz – Tribunal Superior do Trabalho
- Ordem do mérito forças armadas – Grã-cruz – Estado Maior das Forças Armadas
- Ordem do mérito Marechal Rondon – grande oficial – Governo de Rondônia
- Ordem da estrela do Acre – Grã-cruz – Governo do Acre
- Ordem do ponche verde – Grã-cruz – Governo do Rio Grande do Sul
- Ordem do mérito Brasília – Grã-cruz – Governo do Distrito Federal
- Ordem do mérito Tocantins – Grã-cruz – Governo de Tocantins
- Ordem do mérito Serigy – Grã-cruz – Aracaju, Sergipe
- Ordem do mérito cartográfico – Grã-cruz – Sociedade Brasileira de Cartografia
Internacionais
- Ordem “el sol del peru” – Grã-cruz – Governo do Peru
- Legião de honra – grande oficial – Governo da França
- Ordem de Boyacá – Grã-cruz – Governo da Colômbia
- Ordem do Infante Dom Henrique – Grã-cruz – Governo de Portugal
- Ordem de São Gregório Magno – Comenda Santa Fé
- Ordem nacional do mérito – Grã-cruz – Governo do Paraguai
- Ordem do mérito diplomático – Grã-cruz – Governo da Coréia
VIII – Diplomas e participações
- Membro do Departamento de Assistência à Infância e Vila Anastácio
- Nomeado por Dom Carlos Vasconcelos Motta, Cardeal Arcebispo de São Paulo, membro do conselho consultivo da “Brasília foundation”, fundação jurídica constituída em Baltimore, Maryland, Estados Unidos, ligada a Pontifícia Universidade Católica -PUC
- Diploma de mérito concedido pelo Centro de Estudos e Debates Sociais e Políticos (Cedasp) da Faculdade Paulista de Direito da PUC
- Diploma de honra ao mérito de assistência social da Paróquia de Santa Margarida Maria
- Diploma de membro de honra do II Congresso Brasileiro das Polícias Militares
- Diploma de honra por colaboração no I Congresso Mundial de Entidades de Empresas da Associação Paulista de Empresas
- Diploma de mérito do Centro Acadêmico 22 de agosto da PUC
- Diploma da gratidão da cidade de São Paulo, concedido pela Câmara Municipal
- Diploma de participação da II semana paulista de estudos jurídicos do Centro Acadêmico 9 de julho da Faculdade de Direito de Bauru, São Paulo
- Diploma de mérito cívico pela participação em atividade programada pela comissão especial da constituinte nacional da câmara municipal de Taboão da Serra, São Paulo
- Participação no seminário sobre energia, transporte e meio ambiente, promovido pelo Instituto de Estudos Políticos e Sociais Pedroso Horta (IEPES), realizado no Centro de Convenções de Pernambuco, de 27 a 30 de novembro de 1984
IX – Trabalhos publicados
- Poesias sob as Arcadas em 1940
- Vida exemplar de Prudente de Morais em 1940
- Tentativa – 1983 – Prêmio da Academia Paulista de Letras
- Navegar é preciso, viver não é preciso em 1973
- Enquanto houver um homem há esperança para a liberdade em 1974
- Reforma com democracia em 1975
- A cruz na história do Brasil em 1978
- José Bonifácio e o romantismo brasileiro em 1978
- Socialização do direito em 1978
- Rompendo o cerco em 1978
- Esperança e mudança em 1982
- A travessia em1983
- Diretas já em 1984
- Mudança em 1985
- Constituinte; os profetas do amanhã em 1987
- A democracia e a diplomacia em 1987
- A irmã pobre em 1988
- “Pt saudações” em 1988
- Estatuto do homem e da democracia em 1988
- Endividamento externo sem miséria interna em 1988
- Constituição cidadã em 1988
- Da fé fiz companheira em 1989
- Vamos ganhar em 1989
- Hexapresidente em 1989
- Ou mudamos ou seremos mudados em 1991
- As desmedidas provisórias em 1991
- Oração do adeus em 1991
- Parlamentarismo – além de ser mais forte, substitui um regime mais fraco – publicação Momento Legislativo em fevereiro de 1992
X – Outras atividades
- Criador das Faculdades de Direito e de Filosofia e Letras de Bauru, de Direito de Franca, de Odontologia de Lins e Ciências Econômicas de Marília
- Propugnador da Faculdade de Filosofia de Rio Claro e de Direito, Engenharia, Filosofia e Ciências Econômicas de Taubaté